Fundos Imobiliários tendem a se valorizar ainda mais

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Com queda de juros e perspectiva de retomada do crescimento econômico no longo prazo, os fundos imobiliários já trouxeram ótimos ganhos a investidores. O índice Ifix, que pode ser encarado como o “Ibovespa dos fundos imobiliários”, rendeu 11,67% no primeiro semestre deste ano. Para se ter uma ideia de como esse percentual é bom, a taxa Selic está em 6,5% ao ano. A grande pergunta agora é: eles já renderam tudo que tinha para tender? Longe disso.

Para os gestores de fundos imobiliários Leandro Bousquet, da Vinci Partners, e Ricardo Almendra, da RBR Asset Management, a valorização não vai parar por aqui e ainda é um ótimo momento para investir nesses ativos.

“A queda de juros ainda não refletiu no preço dos fundos imobiliários e existe oportunidade agora”, disse Bousquet, durante o Expert 2019, evento de investimentos realizado em São Paulo.

Escritórios, shopping centers e galpões são os investimentos preferidos dos gestores, nessa ordem. “O preço do aluguel de escritórios em São Paulo vai subir muito, independentemente do Brasil ir bem. Nas melhores localizações, já vejo o aluguel subindo de 30 a 40%”, disse Almendra.

As regiões da capital paulista onde os escritórios mais devem se valorizar são Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia e Paulista, onde o nível de vacância — período em que os imóveis não estão ocupados — é muito baixo. Já a região da Chácara Santo Antônio e a zona Sul ainda tem um nível de vacância alto.

Outra aposta de Almendra é que o preço de aluguel de imóveis de alto padrão em São Paulo também vai subir bastante, acima da inflação, mas não tanto como o valor dos escritórios. “É uma boa hora para investir e para comprar apartamento”, disse.

E o que é uma expectativa satisfatória de retorno para investir em um fundo? Para fundos de tijolo, como são conhecidos os que têm o objetivo de comprar ou construir imóveis para alugar e gerar uma renda mensal, a partir de 12% ao ano, segundo Almendra.

Já para fundos de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), que têm o objetivo de aplicar em títulos de dívida imobiliária, 7% ao ano mais a inflação é considerada uma boa taxa de retorno.

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Fonte: Valor Econômico | Valor Investe

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