Os fundos imobiliários que podem se beneficiar da alta do IGP-M, segundo a XP
Em 12 meses, índice acumula valorização de 17,94%, ante alta de 2,65% do IPCA.
A disparada do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado principalmente no cálculo do reajuste anual dos contratos de aluguel, pode gerar conflitos entre inquilinos e proprietários de imóveis, na tentativa de renegociação dos pagamentos. Isso porque, enquanto o IGP-M sobe 17,94% em 12 meses, o IPCA acumula alta de 2,65%.
Em um cenário de crise como o atual, o descasamento dos índices agrava o quadro do mercado, com maior dificuldade de repasse de preços e consequente impacto sobre alguns fundos imobiliários. É possível, contudo, proteger o portfólio e até ganhar com a valorização do IGP-M.
Em relatório, Renan Manda, head de análise de fundos imobiliários da XP, assinala que FIIs com ativos bem localizados, maior exposição a empresas sólidas e a contratos atípicos, isto é, com prazos mais longos e sem revisionais até o prazo final, podem se beneficiar desse cenário.
A avaliação funciona tanto para fundos de lajes corporativas bem localizadas quanto de galpões logísticos.
Nos fundos híbridos, a grande vantagem, segundo o especialista da XP, é a diversificação de ativos e inquilinos, que contribui para uma redução do nível de risco (de crédito e do setor da economia).
Entre os ativos que podem se beneficiar do repasse do IGP-M nos próximos meses, a XP cita o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) e o CSHG Renda Urbana (HGRU11). A justificativa é de que os fundos possuem grande exposição da receita a contratos atípicos de locação, bem como inquilinos com boa qualidade de crédito, como Lojas Big e Yduqs.
Com relação a fundos de recebíveis imobiliários com maior exposição ao IGP-M, Manda afirma que são produtos mais arrojados, já que a grande maioria é exposta a loteamentos e desenvolvimentos imobiliários, o que pode ampliar o risco de inadimplência no período de crise atual.
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Fonte: Infomoney